Agora vivemos juntos mesmo 24 horas por dia.
O Jeremias e a “Gatinhaa!!”, no fundo, sempre desejaram isto.
A pequena felina, oficialmente Amélinha mas na verdade “Gatinhaa!!”, observa-me da sua cama branca e fofa, e é daí que me idolatra ao longo do dia.
É verdade, não é vaidade.
O Jeremias, o meu grande e lindo lince gato cão, é outra história.
Quando prevê que vou mexer-me na cadeira rumo à muito próxima casa de banho, sai do escorredor da loiça atapetado e vem instantaneamente ter comigo, rebolar-se no tapete do WC e reclamar a sua dose de mimo, de que precisa diversas vezes por hora.
Se estou deitado, é igual.
Passa parte do tempo refastelado na minha pele, sem fazer por disfarçar o prazer e a segurança que isso lhe confere.
Quando planeio sair da cama por momentos a meio da madrugada, ou levantar-me de vez, segue-me com a mesma celeridade.
Sempre querido, sempre companheiro, sempre dedicado.
Começou por ser para o seu actual humano um muito simpático conhecido, depois um amigo grandemente próximo, e, desde há anos, o seu filho gato mais preocupado em estar presente, sempre a trocar carinhos e a querer saber se está tudo bem, se é preciso alguma coisa.
A ciência considera-o uma espécie de sénior.
O seu humano olha para ele como um miúdo com experiência, amadurecimento e muita, muita energia.
A “Gatinhaa!!” é a princesinha, que vai demasiadas vezes à clínica e nos intervalos faz o mundo girar.
O Jeremias é o pilar da casa.
Com a sua estabilidade e os seus cinco quilos, novecentos e cinquenta gramas, faz com que a família felina e humana mantenha os pés assentes na terra.
Jeremias, tigre lindo, és o patrão!