Não me acho como se tivesse participado num suave milagre e noutras páginas queirozianas. Não guardo a sensação de ter vivido todos os confortos e comodidades supérfluas da civilização, e, depois, ter renascido para a vida pura, selvagem e saudável do campo.
Fiz anos, fui extremamente acarinhado e mimado por isso.
No dia anterior e na manhã seguinte entendi-me a sós com as suaves vagas do rio enquanto os meus ténis se deslocavam pelas lonjuras do cais, meia hora para cá, meia hora para lá.
Almocei com os meus pais, como um príncipe emigrado durante anos, não ausente uma semana apenas.
Dormi, descansei e li debaixo dos meus fofinhos, ora miando, ora ronronando, ora lambendo-se satisfeitos.
Saboreei o Sol, a Cerveja, as notícias e as histórias do “Dostoievski Português”.
Ouvi as ondas do mar rugir enquanto observava os pescadores de fim-de-semana na sua labuta.
Contemplo uma sala vazia onde pululam aqui e ali operadores do serviço de apoio e atendimento ao cliente. Ainda faltam mais três horas.
Na Austrália, os Trabalhistas não conquistaram o poder.
As andanças e desavenças do Brexit prometem proporcionar uma derrota histórica e retumbante aos Conservadores e ao Labour, em Inglaterra, nas eleições deste mês.
Igual tareia monumental se prevê para o Partido Popular em Espanha.
Em Taiwan sentem-se, sufocantes, as garras da China, que quer integrar o território independente e asfixiar a sua liberdade.
Assim andou o Mundo nas últimas 24 horas.