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Uma chance para a princesa

Os nódulos da princesinha cinzenta reapareceram. Aos 12 anos a Matildinha tem saúde, felicidade e bem estar, apesar da insuficiência renal e deste problema.

Havia várias razões para lhe dar uma chance – a terceira em mais de três anos – para lidar com esta patologia.

Está com qualidade de vida completa, sempre carinhosa e bem disposta (excepto quando está a ser perseguida pelo mano ou pela Amélinha, isto é, a “Gááta!!”).

A cirurgia implica mal estar psicológico e físico durante algum tempo, e existe o risco de ressurgir a doença pela segunda vez. Mas as duas intervenções anteriores deram-lhe três anos de existência estável e aprazível.

Sinto que tem vontade de continuar a viver e a ser feliz.

Ficou  às 08H30 da manhã na clínica, aos cuidados da insubstituível Doutora dos Gatos.

Teve que permanecer 18 horas em jejum sólido e líquido, e o mesmo aconteceu aos dois companheiros. Fazer qualquer discriminação entre eles nessa epopeia seria uma cruel tortura para ela.

Devido ao meu horário de trabalho e ao da operação só estive quatro horas na cama, e nem um minuto adormecido. O meu lindo e louco Jeremias não considerou adequada esta abstinência de um dia, e manifestou com toda a força o seu desagrado, ao longo desses 240 minutos.

Não houve descanso para o dono.

Ao final da manhã, ligou-me a Doutora, e à tarde telefonei eu. Está tudo bem com a pequenota. Acordou, molinha e cansada, mas clinicamente bem.

Amanhã e Sábado de manhã permanece internada, a fazer soro e uma recuperação tão equilibrada quanto possível. Depois será hora de regressar.

No início do fim-de-semana terá que estar algum tempo separada dos dois companheiros, para não haver conflitos e perturbações. Quando há alterações de rotina os gatos ficam ansiosos e é preciso evitar conflitos agressivos, promovendo uma reaproximação gradual.

A minha querida amiga que mora na mesma cidade virá dar-lhes amor e carinho no meu Domingo de trabalho, se precisarem dessa assistência extra durante a minha ausência de um turno. Até lá, a minha doce companhia não dormirá abraçada, colada e agarrada a mim, lambendo-se e estalando os lábiozinhos de vez em quando…

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