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Queria ir de férias, mas o que fazer ao meus gatos?!

Os meus amigos avisaram-me seriamente, garantindo-me que precisava de descansar. Mas o que fazer com os meus quatro gatitos, que precisam de fazer uma dezena e meia de medicações duas vezes por dia, e ir à clínica uma vez por semana, além dos cuidados normais de qualquer felino? Como assegurar tudo isso durante os 15 dias que contava passar no Alentejo, em casa da minha tia?

 

A minha amiga primatóloga e socióloga tinha a solução. http://ogatofica.com/ É um serviço de pet-sitting, onde trabalham veterinárias formadas e competentes, que, por amor aos animais, criaram esta oferta, em vez de uma clínica.

 

Telefono, atende a Joana. Gostei de ela não simplificar demasiado as coisas, torcer ligeira e temporariamente o nariz à dificuldade de dar tanta medicação bi-diária a um grupo de gatos desconhecidos. Achei-a logo credível por não facilitar ou dizer que seria tudo um Mar de Rosas.

 

Vieram cá a casa, ela e a Susana, dois anjos a quem alguns dos patudos começaram logo a assediar, a pedir festinhas, miminhos e atenção. Senti-me mais tranquilo. Forneci toda a informação clínica das péstinhas irresistíveis, oralmente e por escrito. A Joana mandou-me a ficha clínica de volta para que eu corrigisse algum erro.

 

Fui de férias. As visitas foram divididas, a Joana fez umas, a Susana outras. Toda a medicação dada sem quaisquer dificuldades. Nas suas duas deslocações diárias, mandavam-me logo a seguir um sms a avisar que tinham enviado um mail com as fotos dos pequeninos e toda a informação sobre a visita, como estavam os meus meninos, se estavam contentes, tranquilos.

 

A Amélita, perante qualquer pessoa que venha cá a casa à excepção de mim, esconde-se no topo do armário da cozinha e já não sai de lá. À segunda visita da Susana foi esperá-la à porta. Qualquer imprevisto que houvesse, além de cuidarem dos meninos, da comida, das casas de banho deles, elas resolviam imediatamente: Se faltava algum medicamento, se eu me tinha enganado na informação sobre a dosagem…  E, sendo elas formadas na área, estavam preparadas para solucionar qualquer situação, ou levar os peluditos à clínica caso fosse necessário.

 

Infelizmente, não existem serviços públicos de pet-sitting, apenas privados. O que significa que nem todas as pessoas podem a eles recorrer. No meu caso, houve alguém, da família, que me ajudou, pagando metade do valor. Só assim pude ir de férias. Não havendo um serviço público, cada um dos cêntimos que gastámos no O Gato Fica valeram o seu peso em ouro maciço.

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