Procura muito mais o calor, em todas as formas e fontes, durante o Inverno.
A minha pequena pantera negra enrola-se num novelinho na cama peluda e quente apropriada para esse efeito.
Passa longos períodos sobre os meus joelhos enquanto trabalho. Ronrona sem fim, adormece imediadatamente.
De quando em vez contempla-me, estica os bracinhos para o meu peito, faz-me festas na cara com os dedos pequeninos. E tenta agarrar os auscultadores, o microfone, o lenço à volta do meu pescoço…
Há um lugar que o anjinho venera acima de tudo. A Gáta-Gatínha-Bonéquinha pela-se para estar em cima do Router da Internet.
O aparelho tem uns dez centímetros de diâmetro e é quente, escaldante. Para evitar qualquer acidente felino com o dispositivo ou com os fios, está coberto com um pano.
Ás vezes é o único sítio onde consigo convencê-la a comer, tomar os medicamentos ou o líquido Semintra, para a função renal. Passa ali muito tempo.
A minha Amélinha é comprida mas pequena, muito leve e ágil.
Como permanece ali horas, tem que fazer o que os gatos fazem. Volta e meia gira discretamente sobre si mesma para encontrar uma posição melhor, fazendo-o naquele espaço tão exíguo.
O Router está ao lado da televisão, que prende, com o peso, os panos que resguardam todos os cabos dos iminentes ataques felinos.
Vira-se a cada dez minutos… Quase sempre que o faz toca nos botões laterais da TV, minúsculos e difíceis de ver.
Ou seja, está sempre a ligar o televisor. A minha Gáta quer estar informada!