A mãe humana da Matilde, do Jeremias e da Amélinha (a “Gááta!!”), a Maria (minha ex-mulher, que vive em Inglaterra há quatro anos) veio a Portugal.
E foi visitar os filhotes felinos em Santa Apolónia.
Os príncipes cinzentos e a esguia pantera negra que viveram com ela desde bebés não a viam havia um ano.
Sempre que há alguém lá em casa que não seja eu, a minha pretinha carinhosa foge imediatamente para cima do armário da cozinha…
Pois estes três seres doces, assim que a Maria entrou, reagiram com toda a normalidade do Mundo, como se a tivessem visto no dia anterior.
Ficaram os três à volta dela enquanto esteve lá, dando e pedindo doses industriais de amor e carinho.
A “Gááta!!” permaneceu ao colo dela, feliz e encantada. Só faz isto com dois seres à face da Terra. Eu e a Maria.
Não pôde estar muito tempo, mas foram momentos de alta qualidade para ela e para eles.
Nesse dia, quando me fui deitar, estes entes felinos em quem concentro o que tenho e o que sou vieram de imediato, ao início da noite, para a minha cama.
Até de manhã. Levantei-me três vezes ao longo da madrugada, mas voltaram sempre.
Incluindo a minha linda princesa Matildinha, que tem medo de tudo e todos, razão pela qual não costuma ir tantas vezes nem tão rapidamente juntar-se a nós quando o Sol se apaga e as estrelas invadem o céu.
Mas estavam tão contentes e enternecidos que nem a chatearam quando veio connosco para cima do édredão.
Passámos essas horas de descanso em perfeita harmonia e tranquilidade doméstica.
A estadia não foi muito longa, mas para os três meninos e para a sua mãe imigrada cada minuto valeu a pena e deixou efeitos permanentes.