“Cada vez que compras um pacote de leite estás a pagar a violação de uma vaca”.
“O quêê?!? Isso não é uma opinião. É uma parvoíce. É uma treta”.
“Tu achas que os mihões de vacas que são obrigadas a estar grávidas a vida toda, para darem leite, e cujos vitelos lhes são retirados e mortos, querem fazer isso?”.
“Não é uma questão de vontade, é uma questão de instinto. Não têm vontade”.
“Então as vacas, os porcos, os cães e os gatos não têm vontade, não têm sensibilidade, não têm consciência? Só têm instintos?”.
(Vira-se para a pessoa que está atrás).
“Está a ver, estamos aqui a ter esta discussão porque esta pessoa se tornou vegan”…
“Pois, eu crio animais para os matar e os comer, mas garanto-lhe que eles não passam a vida a sofrer”.
“Sim, é como ser contra as touradas. Em Espanha, matam os touros no fim das touradas, e eles não ficam a sofrer. Eu gosto da parte da ‘dança’ com o toureiro”.
“Então tu achas que ao longo daquelas horas em que os touros estão a ser espetados com ferros e bandarilhas, eles estão contentes e felizes?”.
“Não, eles têm uma capa de sangue que os protege!”.
“Olhem, eu digo-vos uma coisa. Eu vim ao Mundo para sofrer. Desde que nasci que sofro, sofri a vida toda e ainda vou sofrer muito mais. O touro, até ao momento da tourada, é completamente feliz. E depois, naquele momento da tourada, sofre…”.
“Sim, e além disso, uma grande parte dos vegans, que não comem carne nem produtos de origem animal e se preocupam com os animais, são uns fascistas que não querem saber das pessoas para nada. São capazes de ver uma pessoa quase a morrer e não fazem nada”.
“Bem, acredito que haja gente estúpida entre os vegans, tal como entre os carnívoros. Mas o facto de nos preocuparmos com os animais não quer dizer que não nos preocupemos com as pessoas. Um coisa não impede a outra. Para falar a verdade, já me preocupava com as pessoas muitos anos antes de me preocupar com os animais. Mas enfim, é melhor ficarmos por aqui. Acho que nunca vamos chegar a um acordo!”.