Auto-estrada, 100 quilómetros/hora.
Vrrumm, vrrumm, puf, puf… Que raio se passa? Coriscos me consumam. Acelero e o meu azulinho bonito e confortável não desenvolve.
Chego ao fim da auto-estrada, lentamente, devagarinho, saio na última. Percorrendo as três ruas que faltam, o motor faz um barulho que parece indicar que o Mundo vai acabar.
Entro em casa dos meus pais, sento-me.
O almoço e o tratamento são principescos como sempre. Entradas, refeição principal magnífica, bom vinho, salada deliciosa, frutos secos, sobremesa, cubos de chocolate preto, “o whisky do Vasco” e o café forte e aromático no final. As conversas habituais, o carinho de sempre. Entretanto…
– A tua inspecção não é no próximo mês?
– Sim, e além disso parece que tenho um problema qualquer na injeccção…
– Deixa-o cá, ponho-a ali naquela oficina, levas o meu.
– Obrigado!
A meio da semana já sei de tudo. O Cliozito a gasóleo precisou de bomba de injecção, bomba de água, bomba de (? qualquer coisa…), correia de distribuição, uma lâmpada, inspecção e sei lá mais o quê.
Três conclusões.
1- Nunca mais quero carros na vida
2- Se não fosse o meu pai tinha-me atirado da ponte (uma baixinha, também não exageremos)
3- NUNCA, mas nunca mais vou andar com o carro na reserva…