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Através de um oceano de tempo

A luz incide de forma especial sobre as campas do cemitério alemão de Sighisoara, na Transilvânia, com mais de cem anos. É mais escassa, mas é a mesma que timidamente ilumina, centenas de metros mais abaixo, a velha torre do relógio desta turística cidade medieval romena. Como nalguns outros lugares do país, dois dias chegam para que o viajante se instale, aprecie a gastronomia local e visite o que há a conhecer.

 

 

Em 11 dias, é possível fazer o ambicioso percurso Bucareste-Sinaia-Sighisoara-ClujNapoca-Suceava-Bucareste, ficando a conhecer parte da Transilvânia e uma ou outra cidade da Moldávia. Mas só para quem não se importar de fazer duas, três ou sete horas de comboio seguidas…

 

 

Os castelos, igrejas, museus e restantes locais turísticos, bem como hotéis bastante confortáveis a preço de pensão, fazem esquecer qualquer inconveniente dessa peregrinação. Os autocarros são confusos, mas asseguram ligações internas e externas nas principais cidades. Num país relativamente imprevisível, sem conhecer nada da língua, não parece a melhor das ideias alugar um carro.

 

 

Paragem indispensável: A casa-restaurante de Vlad Drácula, onde o mesmo terá nascido e passado a infância, em Sighisoara. Por pouco mais de 25 euros, uma refeição digna do príncipe das trevas, nobremente regada com Pinot Noir. À luz de velas, entre cortinados cor de vinho e madeiras que rangem de acordo com a circunstância e o lugar. Enquanto nos faz companhia, a música celta transporta-nos suavemente ao tempo dos druidas…

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