Será que às senhoritas muçulmanas é permitido fazer surf em fato de surf completo, ou terão de flutuar na prancha desnudadas, e, se uma rapariga calhar a ser detectada na tábua em fato de surf completo, exigir-se-á que retire, do interior do fato de surf, a sua identificação religiosa, podendo posteriormente manter o fato envergado, caso seja católica, protestante, testemunha de jeová, evangélica, mormon, ateia, agnóstica, budista ou hindu?
Coloquei esta questão às minhas gatas (a “Gáata!” e a Matilde), e aos meus gatos (o Chiquinho – o Felino Emigrante -, e o Jeremias, o Gato Sexual). Debatemos o assunto em conselho tribal felino e humano. Chegámos a várias conclusões.
Ver uma mulher tapada dos pés à cabeça numa capital europeia, cara e olhos atrás de um pano preto e opaco, não nos parece bem. Gostamos de ver o rosto e o olhar das gentis donzelas com quem falamos, sejam velhas, novas, gordas, magras, lindas de morrer ou com buço e bexigas. Achamos que o sorriso de uma mulher é umas das duas ou três coisas mais belas à face da Terra, deve ser preservado e divulgado: O que é bonito é para se ver.
Agora, se as mulheres daqueles países quentes onde toda a gente grita cada vez que se compra ou vende alguma coisa têm um gosto próprio… Se elas preferem ir à praia sem terem que mostrar obrigatoriamente os braços, as pernas, os rabos, o cabelo e metade do peito, não vemos que o mundo vá acabar por isso. Provavelmente, no caso de algumas delas é pena, e para outras talvez até seja boa ideia.
A “Gáata” e a Matilde tentaram pôr-se no lugar delas, com alguma dificuldade. Mesmo que elas tivessem o hábito de ir à praia, ou de se estenderem ao Sol na rua, seria diferente. As lindas pernas, rabos, maminhas e mamilos da “Gáata” e da Matilde estariam bem protegidas pelo fato natural com o qual elas nasceram e hão-de viver sempre.
As gatas não usam burqa.