Não há chamadas. Não há casos. Estou há vinte e quatro minutos em prontidão, à espera de telefonemas, e sem casos para resolver.
A pior coisa que pode acontecer num trabalho é não ter nada para fazer. E falta aqui ao lado o pessoal brasileiro, com assunto de conversa e boa disposição durante nove horas ou mais.
Enquanto se espera que caia uma chamada, pode observar-se o ambiente humano.
O piso está a abarrotar de gente, de várias idades mas especialmente mais jovens, de diversas nacionalidades, e há grupos adicionais que chegam todos os dias.
Há novos chefes de equipa a ser anunciados diariamente. A empresa está em franca e acelerada expansão.
Há brasileiros para o mercado espanhol, portugueses para a linha francesa, romenos para os utilizadores alemães, as possibilidades são inúmeras.
Gente que entra e outros que saem. Dezenas de novatos a serem integrados no ofício. E outros tantos a subir de nível, a passar de principiantes para o departamento seguinte, para o apoio aos mais recentes ou para a condução de novas equipas.
A animação é muitíssima, enorme. O trabalho é que está muito paradinho.