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Gááta, nove anos é pouco tempo!

Olho para ti aí esticadinha, a espreguiçares-te e a bocejar sobre a ombreira do sofá.

Juntos viemos de Lisboa, de uma vida familiar, na década passada, com quatro gatos e duas pessoas, e chegámos aqui, à Margem Sul, nove anos depois, eu, humano, e tu, Gááta!!

São nove os anos que completas a 15 de Agosto de 2021.

Para nós, os dois sobreviventes, tudo mudou drasticamente.

Trabalha-se em casa, comemos, dormimos, acordamos, rimos e choramos juntos, todos os dias.

Eras uma felina sempre doente, tornaste-te um ser cem por cento saudável.

E poucos dias depois de ter regressado por menos de um mês ao escritório, tiveste um pequenino indício de recaída.

Felizmente para ti, já telé-trabalho de novo. Mas um dias destes vamos ter que arranjar maneira de te adaptares a ausências prolongadas, boneca, “munéca”, princesinha.

Neste tempos bizarros, também ficaste menos tímida… Pelo menos, quando aqui entram uma ou duas pessoas que sejam bem sossegadinhas e gostem muito de gatos e de mim.

Já dei contigo a um metro da namorada do meu grande e indescritível amigo L, uma meia hora, a piscar os olhinhos e a ronronar.

Ou a espreitar e inspeccionar a menina simpática e educadinha da Iberdrola.

Talvez estejas a sentir um pouco do que experimentam os humanos um pouco por todo o Planeta agora.

Ânsias por conviver um pouco mais, voltar a ter uma existência um pouquinho mais normal, Gááta!!

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