A segunda vaga de estupidez
Que um órgão de comunicação credível divulgue um estudo científico que refere a possibilidade de um cenário negro retinto para o Inverno não pode deixar de preocupar.
Que o Chefe da Máfia Governamental arraste o seu prestígio e o do país na lama, pintando assim a passadeira vermelha para aprendizes de fascistas, só pode estupefazer e consternar.
Mas há também uma segunda vaga de estupidez que nos contamina desde Março… de 2000 e picos.
Aquela mania de cérebros confinados, resistente a qualquer vacina.
Uma infecção mental que se subdividide por múltiplos sintomas.
Andar pelas ruas às quatro da manhã a conversar, com os decibéis vocais no máximo, como se fossem duas da tarde.
Fazer isso com o amigo do lado, ou para dentro do telemóvel.
Usar o Bluetooth e as colunas do carro para as conversas telefónicas que rebentam com os tímpanos de todo o bairro.
Espalhar ensurdecedoramente aquele ruído funesto e subterrâneo a que eles chamam música:
Com o venerado telemóvel, com a coluna, de meio palmo ou do tamanho de uma mochila, com o sistema de som do automóvel…
Promover tais actividades 24 horas por dia, em qualquer altura da jornada, da noite ou da madrugada, todos os dias da semana e do ano.
Aí está, isso sim, uma segunda vaga de estupidez que exige com premência actuação exemplar.