Depois de tudo aquilo a que já assisti, ver um gato que parece estar a comer menos é para mim sinal de pânico imediato.
E era isso mesmo que estava a observar. Não dava com os meus filhotes felinos a atacarem a comida. Via-os com pouca vontade de se alimentarem.
Quem me preocupava mais era o meu adorável e louco lince cão, o ágil tigre Jeremias.
Fui buscar meia dúzia de patês Gourmet, a arma secreta para estes casos. Dei-lhe um fármaco de uso veterinário, receitado em casos de ausência de apetite.
Voltei a encontrá-lo de roda do seu prato e comecei a preocupar-me um bocadinho menos, com ele e com os outros.
Mas não fiquei descansado.
No fim-de-semana, pesei na clínica as três péstes que são a luz da minha vida.
A Matilde aumentou de volume. A Amélinha, a minha eterna bebé “Gááta!!”, manteve o peso.
O Jeremias, aquele ser canino que mia e se refastela sobre as minhas pernas ou peito sem roupa em pleno Verão, engordou. Bastante.
Está, então, com seis quilos. Aliás, seis quilos, duzentos e cinquenta gramas. O tal jaguar citadino que parecia andar sem vontade de comer.
Bom, andava a preocupar-me demais!