De repente ouço aquele pingente de gente gata que manda no meu coração vomitar e lamentar-se. Momentos depois vejo-lhe os olhos tristes e sem energia.
Mais uns quantos minutos e vamos para o veterinário. A gastrite de Dezembro passado parece ter voltado.
Desta vez foi detectada logo no início, e tratada de imediato. Mesmo assim, a esguia e doce pantera negra que decidiu ser minha aos dois meses, a “Gááta!!”, não queria voltar a comer, durante as primeiras 24 horas, por mais que insistisse.
Trouxe da clínica 13 sabores diferentes de comida, para ver se a persuadia. Nesse dia, de manhã e à noite, acabou por se deixar tentar por umas latas de Gourmet mousse e fondant, um dos alimentos a que os felinos quase nunca resistem.
Nessa noite e no dia seguinte voltou a atacar com satisfatória convicção estas iguarias criadas por quem sabe do que gostam os patudos.
Custou-lhe levar as injecções durante vários dias, e a mim também me doeu, ver a reacção de desagrado e fúria da minha bebé.
Amar é isto. Os pequenotes fazem-nos os mais felizes dos humanos quando correm de um lado para o outro, saltam para o nosso colo e se aninham nas nossas pernas, miando e ronronando apaixonadamente.
Quando ficam doentes, para eles são penas de corpo e de espírito. Para nós, é o coração a ficar metido dentro de um frasco de vidro pequenino, apertado, sem saber para onde ir.
Mas felizmente ao primeiro dia espevitou de imediato com os tratamentos, e ao segundo deixou de fugir dos pratinhos de comida!