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Hoje atendi os clientes a dançar

Não há a mais pequena dúvida, isto tem dias. Andava meio preocupado com as dificuldades técnicas, a achar que não conseguia reunir com a rapidez necessária a informação crucial para apoiar os clientes. A pensar que não estava a fazer as coisas bem, apesar da formação constante e das ajudas incessantes à minha volta.

Ficara com pouco tempo para as corridas, que estavam menos frequentes e mais pequenas. Sentia algum stress e irritação, o que se propagava aos fofinhos ronronantes lá de casa, ultimamente mais à traulitada que antes. Pelo bem estar deles, multipliquei e prolonguei o tal exercício físico regular que salva a minha mente. Tranquilizaram-se.

Depois fui encontrar-me com o casal maravilha, que não via havia demasiado tempo. Nem jantei. Foram horas de desabafos mútuos e profundos em magnífica companhia, em conversas acompanhadas aqui e ali por goles de bom tinto .

Dormi quatro horas porque elas não esticam e não dão para tudo. Calhou hoje sentar-me ao lado de dois colegas, um portuga e um espanhol particularmente afáveis e com vontade de oferecer ajuda ao longo de todo o dia. Bebi café, sentia-me cansado, bem disposto e cheio de confiança.

Com os tais auxílios imprescindíveis resolvi todos os casos, fechando mais processos num Sábado morto e com poucas chamadas do que nos dias de semana.

Levantava-me, mexia-me, ginasticava-me enquanto trabalhava. Recomendações do moço simpático do departamento de ergonomia. Nos intervalos ouvia Ramstein ou Mão Morta, contorcia-me freneticamente na cadeira e depois quando os clientes ligavam atendia-os a dançar. A malta ria-se.

É verdade. Há detalhes que fazem mesmo a diferença.

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