by

Serás sempre o primeiro

De vez em quando apareces-me com umas manchinhas de caspa, e isso é que não pode ser. Descobri, através das fontes mais credíveis, a forma eficaz e natural de combater esse problema. Muitas semanas depois, ontem e hoje, repeti o processo.

Puxei-te o lustro, cuidadosa e dedicadamente, durante um bom bocado. Primeiro com um pano húmido, depois com um seco e depois com outro mais absorvente. Ficaste com um ar ainda mais limpinho, hidratado, liso e brilhante.

Nos últimos meses, e anos, tens-te lamentado muito, na tua voz carinhosa, humana, impossível de ignorar ou de não reagir. Querias ser o único no Mundo para mim, como acontecia no princípio. Não desejavas disputar a minha atenção, o meu carinho e o meu amor com mais ninguém.

Quando me massajas o estômago suave e delicadamente, é isso que me dizes: “pertenço-te, a ti, a mais ninguém e exijo o mesmo de ti”. Quando te esqueces, por uma fracção de segundo, de me dar as boas vindas ao fim do dia, lá vens tu logo imediatamente a seguir. “Olá! Estou aqui! Desculpa! Adoro-te”.

Se estou a almoçar ou a jantar, cobiças sempre gulosamente o meu prato. Não pode ser, faz-te mal, e tu já percebeste. A divertida e engraçada vingança segue-se. Mordes-me docemente o pulso, a pulseira, o relógio, o braço, os óculos que ficam em cima da mesa. De vez em quando tenho que te “ralhar” (pois, está bem!) para conseguir continuar a comer.

Passaram seis anos desde que me saltaste para o colo pela primeira vez e ficámos juntos para sempre, Chiquinho.

Todos os meus quatro pequenos e doces familiares e coabitantes são a coisa mais bela e querida que tenho na vida. Tu serás sempre o primeiro, o Meu Chiquinho, o começo da História. O princípio de tudo. Parabéns e obrigado por estes seis anos de felicidade, Chiquinho. Tantas coisas boas e tantas mudanças na nossa vida, e no teu aspecto, desde esta tua foto, Chiquinho!

Write a Comment

Comment