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E não é que afinal era mesmo possível?

Há uma ou duas dezenas de gente à porta, com um ar preocupado e irritado, desde antes das oito da manhã, embora o serviço só abra às nove. A entrevista foi marcada no dia anterior, e começa ainda antes dessa hora.  Entrego toda a documentação, forneço todos os dados, respondo a todas as perguntas.

 

Descubro que já estava inscrito, desde 1994 (!), no Barreiro, onde vivi parte da minha existência. Após a regularização do pedido, começo a ser informado dos meus direitos e deveres. Nessa altura, a minha visita ao Instituto do Emprego e Formação Profissional mostra ser uma revelação.

 

Durante dois meses ouvi colegas, amigos, empregados, desempregados, ex-desempregados, especialistas em contabilidade, em Direito… Recebi todas as opiniões, mais assertivas, convictas e contraditórias. As que diziam que era impossível fazer trabalhos, precários, pontuais, regulares ou em part-time, e receber ao mesmo tempo o subsídio de desemprego. E as que afirmavam que não havia qualquer problema com isso.

 

Parece que, graças à pessoa amável, prestável e dedicada que tratou da marcação da entrevista, esta decorreu também com a interlocutora mais adequada, preparada e capaz de dar as melhores notícias. Responde a todas as perguntas que eu possa ter e deixa-me completamente esclarecido. E informa-me que sim, é possível trabalhar temporariamente sem perder o subsídio, explicando-me como. A descoberta é tão positiva que resolvo comemorá-la com um passeio a pé de mais de uma hora pelas avenidas…

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